Era uma manhã um tanto nebulosa para um outubro. Saí da sala, tentei afastar a tristeza como quem espanta uma mosca, e fui encontrar os amigos. Fiz um rápido back-up do que sabia sobre o assunto que estava sendo tratado, mas pouco falava, conferindo se o que eles diziam era o mesmo que eu pensava. E foi em meio àquela mistura entre diálogos internos e externos que começou a tocar a música.
Não dei atenção de imediato, mas o seu ritmo lento e perturbador junto com seus acordes densos e tensos foram me absorvendo, e fui ficando mais distante que o habitual. O pior de tudo, percebi, era a letra, que falava sobre aqueles pensamentos que me ocorriam com crescente freqüência ao longo dos anos. Aos poucos, o silêncio que tanto queria evitar pairava sobre mim, e a solidão inundava o meu ser e devastava toda a ilusão de companhia que eu tanto me esforçava para acreditar que tinha. Depois de seus típicos três ou quatro minutos, a música, indiferente, simplesmente terminou, mas deixou a não estranha mas inesperada sensação.
A partir de então, dei preferência às músicas em inglês, para servirem no máximo de distração e desafio lingüístico, mas que não me dizem nada.
quinta-feira, 26 de junho de 2008
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5 comentários:
*.*
oba. quero mais textos do tipo, menina!
essas fritas são batatas? (adoro)
adorei seu blog
sempre bom ler coisas boa né?
sucesso para ti
ótimo fim de semana
té +
espero q possamos manter contato
enviei a mensagem para o dono do blog e já coloquei o link
bjoka
sibby acho q só tenho falando contigo desde q vim aki pela primeira vez, e sim quero conhecer seus blogs pessoais.
adoro conhecer nossas pessoas e pontos de vista
bjoka
aguardo
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